sexta-feira, 15 de julho de 2011

Seabra - História e Localização

Localização da cidade de Seabra no mapa da Bahia
Vista panorâmica da cidade

HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

O município de Seabra localiza-se no centro geográfico da Bahia, na região da Chapada Diamantina, às margens da Rodovia Milton Santos, BR 242, distante da capital 456 km. O acesso à cidade se dá pelas BR 324, até Feira de Santana, BR 116 até o Paraguaçu, e BR 242.  Segundo alguns, a cidade é privilegiada, pois há várias rodovias de acesso, como a BR 242, BA 148 – Boninal, BR 242 e BA 849 – Palmeiras, BR 242 - BR 116 - BR 324 – Salvador e BR 242 – Brasília. De acordo com o Censo 2010, IBGE, Seabra conta com  41.815 habitantes.
Carinhosamente chamada de Cidade das Rosas, devido ao clima favorável para o cultivo da flor, a cidade se destaca por abrigar um pólo comercial muito importante para toda a região, já que seu comércio é tido como um dos mais expressivos. A economia é baseada na agricultura, no comércio, em pequenas indústrias, na extração de minérios, dentre outros sendo reconhecida desta forma como Capital da Chapada.
        Sua história se inicia em princípios do século XVIII, florescendo as minas de ouro de Jacobina e de Minas do Rio de Contas, a Coroa Portuguesa determinou a abertura de uma Estrada Real que ligasse os dois núcleos de exploração aurífera. A referida estrada cortava as terras hoje pertencentes ao município de Seabra, que até então era completamente deserta. Os primeiros povoadores eram constituídos na maior parte de portugueses, que foram atraídos pelo garimpo do ouro, mas, desiludidos com as exigências do império vinculadas ao precioso metal, se fixaram naquela região, organizando fazendas de criatório e lavoura.
        A cidade de Seabra era denominada povoado de São Sebastião do Cochó, originou-se de um aglomerado de casas de palha, situado no cruzamento do Rio Cochó com a Estrada Real, onde servia de pouso aos viajantes que nesse período a chamavam de Passagem Bonita de Jacobina. Campestre (povoado situado a 12 km de Seabra) foi a primeira sede do município.
        No ano de 1889, esta povoação, já com o nome de Campestre e com o seu território desmembrado de Lençóis, foi elevada à vila com a denominação de Vila Agrícola de Campestre, por suprir as feiras de cidades lavristas, como Palmeiras, Lençóis, Andaraí, onde o garimpo e o comércio de diamantes exerciam grande influência. Em 27 de Junho de 1891, a vila recebeu foros de cidade, ainda com o nome de "Campestre".
        A região tem personagens que enriqueceriam qualquer roteiro cinematográfico. No início do século XX, as lutas entre famílias se intensificam por toda a Chapada Diamantina. E no município de Campestre não haveria de ser diferente, onde também foi palco de guerrilha e contendas.
No ano de 1914, como consta no livro “Jagunços e Heróis”, narrado por Walfrido de Moraes, Vitor Matos, o irmão mais velho do Coronel Horácio de Matos, sofreu uma emboscada fatal no povoado de Olhos D’água do Seco. Seus assassinos fugiram para Campestre, onde ficaram sob a proteção do Coronel Manoel Fabrício, chefe político da referida cidade. Então, vista a circunstância da não efetivação da prisão dos criminosos, Horácio de Matos e seus jagunços (os mandiocas) resolveram avançar sobre Campestre, com a intenção de prender os facínoras. Foram 42 dias cerrados de tiroteios sangrentos com perdas de ambas as partes.  Com as posições já enfraquecidas, o Coronel Manoel Fabrício, chefe dos bocas-vermelhas (cerca de 200 jagunços), propôs um acordo à tribo dos Matos, tendo como porta voz o Coronel José Pedreira Lapa. O acordo exigia a prisão dos assassinos do irmão de Horácio. O Coronel Manoel Fabrício foi obrigado a abandonar seu posto de chefe político de Campestre, depois que foi eleito um novo representante político para o município. 
        Em 1929, o Coronel Horácio de Matos fez a transferência da Sede do município de Campestre para o Povoado de São Sebastião do Cochó, que passou a se chamar Dr. Seabra, em homenagem ao então Governador do Estado Dr. J. J. Seabra. Esta decisão partiu de uma minoria parlamentar e não dos cidadãos do município naquela época. Em 1931, o município sofre uma simplificação em sua nomenclatura e passa a se chamar SABRA.
(Fonte Portal Seabra - http://www.portalseabra.com.br/)

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